sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Sobre dizer adeus

O "adeus" é algo inevitável. Estamos sempre dizendo adeus pra alguma coisa em nossas vidas. Por exemplo, esse ano eu dei adeus pra um ciclo cumprido de minha vida. E a partir do próximo ano, iniciarei outro. E assim vai. É assim que a vida segue. Começando, terminando, recomeçando ciclos. E o adeus faz parte dos ciclos. Até que um dia todos esses ciclos se findam e o adeus se torna permanente. Afinal, nós nascemos pra morrer. Mas sobre dizer adeus, não é fácil, não é legal. Porém, é preciso. E é isso que eu estou fazendo agora. Deixando um adeus aqui, ou quem sabe um até logo. Tudo vai depender das coisas, da vida, do tempo, do vento e do mar. Não sei se voltarei a postar aqui. Talvez, numa tarde vazia e fria de inverno, eu volte. Agora, vou fazer o que mais gosto - viajar. Quem sabe eu volte, sentindo a paz que eu tanto necessito, e com certeza mais serena, pois sereno é quem tem a paz de estar em par com Deus. Adeus.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Do silêncio á explosão

   Eu fui ao médico ontem e ele me disse que meu coração estava inchado. Qual foi a minha reação? Eu não tive uma reação. As únicas palavras que consegui dizer foram: "Não pode ser!". Então ele me explicou a situação: meu coração vai inchar até que um dia ele vai ficar tão fraco a ponto de parar. E aí, você já sabe, eu nem preciso te contar...
   A verdade é que aquele médico não sabe de nada. Ele estava errado. Meu coração ta inchado sim, mas no final ele explode. Na verdade, a consequência é a mesma. A morte. Ela é sempre a consequência, não importa do quê. A única diferença entre meu coração ir parando aos poucos e explodir é que se ele explodir morrerei mais viva. Se é que você me entende... 
   E agora eu me pergunto o porquê de tudo. O porquê do meu coração estar assim. O porquê de eu estar assim. E a resposta é você. A culpa é sua. Tudo é você. Você ainda não percebeu? Tudo me faz voltar até você. E isso é o que mais me irrita: tudo sempre me trará de volta até você. Eu nunca vou te esquecer por completo. Até o meu maldito problema de saúde me lembra você. Ou melhor, ele é você. Você sempre estará comigo, até os meus últimos míseros segundos de vida. Desde o pipipi até o silêncio. Ou quem sabe do pipipi até o BOOM. E você sabe que eu prefiro a última opção. Se for pra morrer por sua culpa, que seja, mas que seja com você e mais viva do que nunca.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Após o sinal diga seu nome e tudo o que você sempre quis dizer

- Alô!? Eu sei que você tá me ouvindo, sei também que anda muito ocupado com a sua nova vida sem mim. Mas o que eu tenho pra dizer não pode esperar. Eu não posso morrer sem te dizer isso, e nem você pode morrer sem ouvir isso, e como eu sei que a estrada é longa e a vida curta, resolvi te falar isso agora. Então senta aí que eu vou começar: eu te amo e essa é a mais pura verdade. Eu sempre ensaiei na minha cabeça como algum dia eu iria te falar isso, e agora todas as palavras me fugiram da mente. É porque quando se trata de você é sempre assim. Que saco!
Enfim, eu só queria te desejar muita sorte na tua vida, que você encontre alguém que te faça feliz, ou no caso, que você me encontre. Eu só queira que você soubesse disso, e eu também queria que você voltasse sendo mais que um amigo, ah, eu só queria que você voltasse e trouxesse consigo o céu azul junto ao arco-íris. Porque esses dias escuros e tempestuosos não estão fáceis viu.. Eu só queria respirar ao teu lado, eu só queria olhar nesses seus olhos que traduzem a minha alma. Eu só queria você aqui.
-Tututututu
(Pera aí, que tem um moço na minha porta cujo olhos me deixaram cega de tanto amor. To indo abrir a porta do meu coração).

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Favorite songs

Sem tempo/vontade/inspiração pra escrever. Então eu encontro minhas palavras nos outros.


Essa é a minha musica preferida desde sempre.











E pra fechar uma nacional. 



sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Você sabe...

O que meus lábios não podem dizer, eu escrevo. Eu escrevo porque ninguém pode me ouvir, ninguém ta nem aí pra nada. Nem você. Escrevo porque essa é a unica (e mais idiota) forma de me comunicar com você. Idiota porque você não vai ler, muito menos entender. Escrevo também porque essa é a minha distração. Na verdade, quem escreve aqui é a minha alma. Você sabe, eu sempre fui muito careta, alma, poesia, literatura… Careta pra você, pros outros, mas pra mim não e é isso que importa. Você sabe, eu sempre fui muito criticada, olhada como a estranha, que não se veste bem, que vive de cara feia, que é arrogante, mal humorada, reservada. Você sabe, eu nunca fui assim. É que o medo do mundo me tornou assim. Você sabe, eu sei ser tudo o que eu quiser, é como se fosse um dom, que eu não sei como usar. Você sabe, eu sei ser afável, amável, amigável, e como diz aquele livro que você sabe que eu amo, esse são só os “As”. Você sabe, nada disso era minha intenção. Você sabe, que esse negócio de você saber de tudo e não ligar pra isso já está me tirando do sério. Como eu disse, ninguém ta nem aí pra nada. Mas você e eu sabemos, que o mundo dá voltas e voltas, e quem sabe um dia nós nos encontremos por aí nesse mundão grande. Você e eu sabemos que tudo depende de nós. Mas se você for ficar, você é quem sabe e não eu. 

domingo, 23 de setembro de 2012

Velha Infância

Esse titulo pode parecer meio "forçado", mas é o titulo que com toda certeza, traz a melhor lembrança da minha infância. A música. Dias das mães. Eu e os meus outros coleguinhas de classe cantando. Eu lembro perfeitamente desse dia, de como o céu estava e do rosto da minha mãe com os seus olhos verdes quase azuis cheios de lagrimas.
 Eu devia ter uns 5 anos, não entendia nada da vida, mas com certeza -sem querer saber - já sabia o que era alma e amor. Toda vez que essa lembrança me vêm a mente, eu não me "vejo" lá cantando, com um coração vermelho (que tinha uma foto da minha mãe colado nele) grudado na minha blusa próximo a lado esquerdo do peito e com o uniforme da escolinha. Eu me vejo de uma maneira diferente, como se estive lá observando eu mesma cantar, eu vejo a ternura do rosto da minha mãe e é nessa hora, quando eu vejo a imagem da minha mãe, que eu percebo que o amor é inexplicável, que mãe é melhor coisa e a mais importante que temos em nossas vidas, percebo também, que o fim da infância é o mais doloroso, mas é - de todas as lembranças de uma vida toda - a melhor. 
Entre todas as lembranças que tenho, essa é sem duvida, a mais bonita. A mais simples. A mais complexa. Lembrar isso me faz ter mais e mais vontade de viver, de ficar ao lado da minha mãe. Me faz pensar que tudo tem um propósito -mesmo não acreditando no destino- e que viver vale a pena. Lembrar da minha velha infância me faz ter saudade dela, mas me deixa principalmente com saudades de quem eu era. Entre as lembranças mais belas que eu tenho, como as vistas do nascer do sol na praia, tardes infindáveis com meus primos e primas, pessoas importantes que passaram em minha vida, a polenta frita da minha vó, os momentos mais simples que já vivi, essa com certeza, não se compara a nenhuma outra. Mas eu acho que nada se compara a esse amor de mãe misturado com a nossa infância. Nenhum dicionario é capaz de descrever. 

"E a gente canta, e a gente dança e a gente não se cansa de ser criança. A gente brinca na nossa velha infância..."

Elisa Gabardo

Esse texto faz parte da blogagem coletiva promovida no Depois dos Quinze.



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O que você nunca vai saber...

Não pretendo te contar sobre minhas lutas mentais. Você terá nas mãos minha simplicidade e minha leveza, que podem não ser totalmente verdadeiras, mas foram criadas com muito carinho pra não assustar pessoas como você. Não vou ficar falando sobre a complexidade dos meus pensamentos, minha dualidade ou minhas dúvidas sobre qualquer sentimento do mundo. Vou te deixar com a melhor parte, porque eu sei que você merece. Guardo pra mim as crises de identidade e a vontade de sumir. Não vou dissertar sobre minhas fragilidades e minhas inseguranças. Talvez eu te diga algumas vezes sobre minha tristeza, mas só pra ganhar um pouquinho mais de carinho. Ofereço meu bom humor e minha paciência e você deve saber que esta não é uma oferta muito comum. Você não precisa saber que eu choro porque me sinto pequena num mundo gigante. Nem que eu faço coisas estúpidas quando estou carente. Você nunca vai saber da minha mania de me expor em palavras, que eu escrevo o tempo todo, em qualquer lugar. Muito menos que eu estou escrevendo sobre você neste exato momento. E não pense que é falta de consideração eu dividir tanto de mim com tanta gente e excluir você dessa minha segunda vida, porque há duas maneiras de saber o que eu não digo sobre mim: lendo nas entrelinhas dos meus textos e olhando nos meus olhos. E a segunda opção ninguém mais tem.

Verônica H.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Desabafo


Pensei em varias maneiras de começar esse texto e não consegui usar nenhuma das opções. Talvez por preguiça de pensar, de tentar, de conseguir. Ultimamente eu tenho estado assim... 
 Pode parecer estranho, tanta coisa mudou em mim e eu continuo a mesma. Com as mesmas reclamações, mesmas chatices, manias... Mas com um punhado a mais de sonhos e incertezas. Continuo não tendo muitos amigos. Eu tenho feito tudo e não tenho feito nada. Continuo passando horas infindáveis no computador, desperdiçando tempo. Continuo mudando de assunto a cada 10 segundos de conversa. Continuo assim, sem sentido, sem nexo. E o pior de tudo: continuo com esses sentimentos que eu nunca soube e acredito que nunca saberei o que são. Já tentei entender, mas convenhamos, isso é demais para mim. Isso é apenas pra você ficar sabendo do que anda acontecendo, são noticias, pra você, alguém que eu ainda não conheço, mas que já me conhece muito bem.